A mudança no consumo de podcasts com a quarentena traz oportunidades variadas tanto para produtores de conteúdo, quanto para marcas.

 

Antes mesmo de imaginarmos o atual cenário, o mercado nacional de podcasts já vinha crescendo vertiginosamente. Quando se fez necessário o isolamento social no Brasil, no final de março, houve então uma aceleração neste comportamento.

De um lado, a produção de conteúdos variados aumentou, e do outro o número de ouvintes disparou.

Em uma pesquisa internacional feita pela Global Web Index em abril deste ano, o consumo mundial de podcasts cresceu 18% durante a quarentena, sendo 24% somente entre os millennials.

O Brasil já é o segundo maior mercado do mundo para podcast, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Segundo a Deezer, que também fez uma pesquisa recente sobre o assunto, os temas de Podcasts mais ouvidos na quarentena são relativos a crianças, esportes e meditação.

Os podcasts de conteúdo infantil tiveram um aumento de 218%. Os de treinamento esportivo cresceram 194%, enquanto os de meditação 132%.

Em contraparte, empresas, agências e anunciantes estão revendo verbas de divulgação, já que com a crise, o consumo caiu e consequentemente o valor destinado à isso.

Ao invés de anúncios em mídias caras, seria um bom momento para repensar a estratégia e investir no áudio. Seja na produção de conteúdo próprio – e neste caso seria necessária a contratação de locutores, produtores de áudio, apresentadores, roteiristas, entre outros – ou então no patrocínio de canais já existentes dentro da “podosfera”.

Além de ser um mercado de nicho, seria uma forma de conversar diretamente com os consumidores, entender suas dores e oferecer soluções para elas.

Nos Estados Unidos, temos grandes exemplos de marcas que investiram em podcasts, como o aplicativo Tinder falando de relacionamento, Mastercard de finanças, Ebay de empreendedorismo, Gatorade de esportes e tantos outros.

É o momento certo para levar o conforto da voz humana para aqueles que estão em isolamento.

É a oportunidade que empresas têm de se aproximarem das pessoas e se colocarem neste novo cenário não como só vendedoras de produtos, mas como apoiadoras do seus consumidores.

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