O que você fala é menos importante do que “como” você fala.
Já parou para pensar que em cada palavra dita existe um conteúdo verbal e um não verbal? E claro, a esfera “não verbal” é a menos controlável, e portanto a mais autêntica.
Aliás, é sabido que a comunicação humana é composta da seguinte forma: 60% é não verbal, ou seja, a linguagem corporal, 30% pelo tom de voz e apenas 10% por aquilo que se diz. Ou seja, 90% do que você fala não está nas palavras ditas. Mas sim em como seu corpo todo diz.
Falando de locução, onde o instrumento principal é a voz e o tom que se dá a ela, um estudo feito por um laboratório de estudos da Espanha chegou à seguinte conclusão:
- Tom de voz grave sugere maturidade e confiança e é o mais utilizado em anúncios publicitários.
- Tons extremamente graves já passam sensações sombrias, misteriosas.
- Uma voz firme e segura, que pronuncia bem as palavras, revela que aquela voz é de uma pessoa de prestígio, alguém importante.
- Falar baixo causa a sensação de debilidade, parecendo que a pessoa não sabe bem o que fala.
- Quem emprega um tom mais agudo transmite incredibilidade, o ouvinte desconfia.
Sendo você um locutor, uma locutora ou não, é importantíssimo prestar atenção no como se diz, para que a linguagem seja entendida da forma como você quer.
Respiração, articulação, velocidade e intensidade são outros fatores que psicologicamente também interferem na comunicação a partir da voz, mas abordarei isso em outro artigo.