Você já se pegou falando sozinho? De repente você está no supermercado fazendo compras e percebe uns olhares em sua direção, então se dá conta de estar pensando em voz alta. Já passou por essa situação? A primeira coisa que à cabeça normalmente é “estou ficando louca”. Mas não. Nem sempre. Estudos apontam que essa “prática” faz melhorar o raciocínio.

Pensar em voz alta otimiza nossos recursos cognitivos, nos permitindo estar mais centrados, focalizados no “aqui e agora”.

As crianças de 5 a 7 anos exercem bastante a fala em voz alta e isso faz parte do desenvolvimento da criança, é um modo de guiar o próprio comportamento. O desenvolvimento da fala e do pensamento são parceiros, por isso a comunicação privada é recomendada, o tal “falar sozinho”.

Mas quando crescemos aprendemos a ficar mudos, por uma questão social. E aquela voz infantil que antes brincava ao ar livre fica aprisionada. Começamos a ler em silêncio, pensar em silêncio. E deixamos de conversar conosco, de reparar na nossa própria voz.

O estudo conduzido pela Universidade de Wisconsin e publicado na revista Quarterly Journal of Experimental Psychology revela que pensar em voz alta favorece a nossa saúde neurológica. É uma forma de regular o estresse e, além disso, foi observada uma atividade muito intensa no giro frontal inferior esquerdo, associado com a resolução de problemas, o planejamento e a capacidade de focar a atenção.

Portanto, a recomendação de especialistas é “solte a voz”, pense em voz alta (especialmente pensamentos positivos), mas não se admire se alguém te olhar estranho no corredor do supermercado.

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